Há quem nunca viveu um grande amor, uma paixão ou uma relação afetiva, seja ela de curta ou longa duração. Algumas pessoas já experienciaram três ou quatro “amores”. Sortudos ou azarados? Depende o ponto de vista: tanto podem ter sido felizes mais de uma vez ou se considerarem infelizes porque não encontraram um amor para a vida toda. Ainda há outras pessoas que encontraram um amor depois dos quarenta ou cinquenta anos. A vida continua, sempre. Ficar sozinho(a) pode ser complexo, estar acompanhado também, escolha o que você quiser ou puder. Uma amiga me disse que para ela namorar o candidato precisa preencher uma lista de 10 itens: não ser mais novo que ela, não ganhar menos, não ter filhos, não ser barrigudo, não ser careca, entre outras exigências. Ego, vaidade ou medo? Tudo junto. Vida real e assim seguimos.
Amor de sogra
Eu já conheci várias sogras, muitas delas com perfis distintos. Há a sogra que finge não se importar com a relação do(a) filho(a), mas sabe de tudo e opina “sem querer”, em momentos aleatórios, sempre que pode. Há a sogra que é uma mãe, literalmente, que faz de tudo para o bem da relação, sem tomar partido de um(a) ou de outro(a). E há a sogra que é contra a relação, não disfarça, vive lembrando que não “abençoa” a relação, faz fofocas, intrigas, chantagens das mais variadas. Você conhece alguma sogra com este perfil?
Amigo(a) ciumento(a)
Antes eu achava bonito e até admirava um amigo ciumento, agora não, mudei de ideia. Amigo ciumento pode boicotar a relação do outro de modo a cobrar atenção e afeto demasiados e até mesmo disputar horários na agenda do amigo. O ciumento chega até a perder a noção de limite, do ridículo e jura estar coberto de razão em demonstrar o seu amor fraterno ao amigo de longa data. Quem ele/ela pensa que é? Chegou agora e já está à vontade e de bem com a turma, pensa ele. Um verdadeiro absurdo. Na primeira briga ou conflito se posiciona, afirmando que o amigo merece “coisa melhor”, que o mundo está cheio de possibilidades. Eu, hein? Todo o cuidado com amor de amigo ciumento.
Amor de mãe
Eu não tive amor de pai, até queria, mas não me fez falta, não mesmo. Eu tive um amor de mãe tão grande e verdadeiro que me supriu possíveis carências ou traumas. Tive o privilégio de ser acolhido, amado, corrigido e encorajado, tudo pela minha mãe. O gosto pela Educação e pelas Artes veio da minha mãe, assim como pelas pessoas, pela ética, pela convivência, pelas religiões, pelo trabalho. Ela fez um trabalho tão significativo que eu, em algumas vezes, inspirado nela, sou “meio mãe”: da minha família, dos meus amigos, até de meus alunos, no sentido de motivar, de acolher, de buscar compreender. Esse amor potente despertou o que há de melhor em mim. A partir da visão de uma mulher que estudou, trabalhou e casou eu tomei um caminho de afeto que me levou à educação, à dança e a um curso de Licenciatura. Eu não poderia estar em um lugar melhor. Saudades minha mãezinha